De tanto beber café
Um dia inda viro preta
Dessas de lata d'água na cabeça
E dois filho no cangote
Dessas nega de tôca de lenço
Trouxa de roupa embá'do braço
Levando a filharada pro banho de rio
Cantarolando
Batendo roupa nas pedra
Acompanhando o recital:
"Arlequim arlequim dorado
Que nasceu no campo sem sê semeado"
Viro mulata de zói doído, cansado, aflito
Carregado de simplicidade
Nega de cabelo alvoroçado, grande, cheio
Até o quadril
Cabelo embolado e macio até onde dá
Eu, de tanto beber café
Ganho sangue moreno, ardido
A liberdade de andar no sol
A pele queimada, o suor
Um dia, de beber café
Viro preta véia de cachimbo nos beiço
Viro a vó Joaquina de história pra contar
E um dia, andando na estrada
Se alguém me chamar "ô preta"
Com brilho no zói eu me viro
Levando um sorriso na boca
Exagerada de rancar pedaço
Orgulho pingando de dentro de mim
E digo pro mundo, meu nêgo
Que preta eu sou, preta de café
Nunca mais bebo leite pra não clarear
Só bebo você todo dia
Pra noite ganhar mais pretura
Que ocê, meu preto, é meu café mais forte
E por você eu fico preta até sumir na escuridão
o nega flor
ResponderExcluirquado vc ira mi dar um beijinho
um beijinho
de amor?
o nega flor
ResponderExcluirquaNdo vc ira mi dar um beijinho
um beijinho
de amor?
tem uma musica meio assim
Adorei!
ResponderExcluirQue delícia de texto.
bjs
Feresaaa
ResponderExcluirhuauhauhahuauhauhauhuah
to me pocando de rir até agora com o texto, bom demaisssss!!!!
parabéns primaaaaaa!!!
beijossssss
ops...esse "anonimo" ai fui eu..
ResponderExcluirDani
huauhauhauuauhaa
Nega Fulô, some não. E nem vais conseguir desaparecer na escuridão, pois tua aura irá denunciando teus passos, e nós vamos seguindo as letras lindas e iluminadas que deixas cair pelo teu caminho. Beijo
ResponderExcluirMeu Deus do céu!!! Isso é perfeito! Parabéns!!!
ResponderExcluirOlá! Valeu pela visita no meu blog!
ResponderExcluirNao conhecia os seus textos, são excelentes. Gostei muito desse poema, me lembra literatura de cordel. Vou voltar por aqui sempre!
Beijos
Pow prima, fico de pé e sou só aplausos, parabéns, lindo texto! Tempo sem passar por aqui e vejo o que acabo perdendo!
ResponderExcluirBjo grande
Como é que eu não comentei isso ainda, gente?
ResponderExcluirCoisa mais linda!!
Já tinha te falado lá na exposição, né? Adorei mesmo, ficou tão fluido e tão carregado de sentimento :) Sem contar que esses regionalismos são uma delícia!
bjo!
meu poeminha para a primavera ^^
ResponderExcluir21do9
Então chegou a primavera
E as águas do degelo seguem em direção ao rio salgado
Do outro lado da paisagem, num ritmo natural,
Flores se aventuram num balé lírico
Numa explosão de momentos raros
Oh, mistura fulgurante de cores!
Os pássaros cantam as palavras mágicas de um soneto
O vento rege a orquestra
Oh, estação dos apaixonados e dos apaixonantes!
Somos dois seres extasiados vivendo momentos de loucuras
Vivo uma primavera sem fim
=p
Que absurdo!!
ResponderExcluireu não tinha comentado esse ainda!
Tsc...
Mas eu fui a primeira a ler.. =p (pra todos vocês.. rs) e dei até pitaco.. huauhauhauha
Ah é de fazê gosto nas vista ler uma coisa assim.
bjs de café neguinha
Fê...lindo...lindo...lindo...você é linda...nooossa!é muito sentimento...você é pura poesia...tempo que eu não lia palavras tão lindas...adorei!!!
ResponderExcluirMeu Deus!
ResponderExcluirestou encantado. Não quero parar de ler, muito você isso aqui.
Lindo, lindo.
vontade de ler todo dia, de manhã, quando eu acordar. só pra passar sorrindo.
Nossa!
beijinhos
Passeando pelos blogs, achei o seu. Fiquei encantada com sua escrita. Escrita de quem se entrega na inspiração sem ter medo de cair dos versos. Gostei. Gostei muito. Aliás, de todos os blogs que li até agora, o seu foi o mais interessante pra mim. Isso quer dizer que vou voltar aqui.
ResponderExcluirNayara
Fernanda,
ResponderExcluirParabéns!
Como você está escervendo bem!
Deve ser alguma coisa genética...rs
Beijão
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